A esteatose hepática, popularmente conhecida como “gordura no fígado“, é um problema de saúde que acontece quando as células do fígado são infiltradas por células de gordura. Tem se tornado cada vez mais frequente. Acredita-se que já atinge 30% da população brasileira.
O principal motivo é o crescimento da obesidade e, especialmente, acúmulo de gordura visceral. Contudo, está associada a problemas como síndrome metabólica (SM), diabetes mellitus tipo 2 (DM-2), resistência à insulina, dislipidemia (triglicerídeos alto, HDL baixo e níveis elevados de LDL), uso de medicamentos, má alimentação, sedentarismo.
Tratamento para esteatose hepática
É importante realizar o tratamento corretamente para evitar a progressão da doença. Estima-se que 15% dos casos evoluem para esteato-hepatite, onde o fígado apresenta lesões, está inflamado e não funciona direito. Mas a doença pode ficar ainda mais grave e evoluir para câncer ou cirrose.
O tratamento é baseado em mudança de estilo e hábito de vida, incluindo alimentação saudável. A prescrição de plano alimentar será individualizada. Entretanto, cito a seguir algumas estratégias do tratamento nutricional:
- A redução de peso com dieta hipocalórica e uso de alimentos em quantidade e horário específicos, associados à prática de exercício físico;
- Controle do consumo de carboidratos. Além de controle diário da quantidade de carboidrato consumido, orienta-se a escolha qualitativa das fontes de carboidrato a serem ingeridas. Primeiramente, opta-se por alimentos com baixo índice glicêmico (IG). Estudos observam que dietas com alto percentual de carboidrato e sem controle de fontes alimentares pode prover até 100% de aumento em níveis de triglicerídeos e adiposidade, comparado a restrição moderada de carboidrato e uso de alimentos de baixo IG;
- A ingestão de fibras em quantidades adequadas (aproximadamente 28g/dia) também é essencial. Para atender esta necessidade, no plano alimentar devem ser incluídos frutas, legumes, vegetais folhosos e cereais integrais;
- A dieta deve ter presença de “gorduras boas” (monoinsaturadas e poli-insaturadas) em quantidades adequadas. Eventualmente, o padrão de dieta Mediterrânea pode ser adotado.
- Alguns alimentos com nutrientes específicos podem ser utilizados, como fitoquímicos, antioxidantes, lactobacilos, vitamina E e ômega-3.
Procure um nutricionista para auxiliar no tratamento. Afinal, a ajuda profissional é muito importante para que a doença NÃO progrida.
Excelente post! Amei como os de sempre! ??
Que bom! obrigada pelo retorno!