A alimentação desempenha um papel importante no risco de doença cardiovascular. Entre as dietoterapias, o padrão dietético tradicional do Mediterrâneo é o mais estudado.
Desde 1960, pesquisadores observaram que populações residentes em países da região mediterrânea, como Grécia e Itália, apresentam menor mortalidade por doenças cardiovasculares, quando comparadas às populações do norte da Europa ou dos Estados Unidos. Tais resultados foram atribuídos à diferença de hábito alimentar nos habitantes da região.
Antes de mais nada, vale ressaltar que a doença cardiovascular (DCV) é muito incidente no Brasil e no mundo. Atualmente, é a principal causa de mortalidade no planeta, causando um terço das mortes. Por isso, a nossa preocupação em tratar e prevenir essas doenças precisa ser do tamanho da sua incidência. Para tanto, é importantíssimo reduzir a exposição aos fatores de risco associados a ela.
O que é o Padrão Dietético Mediterrâneo.
Há diferentes definições para este padrão alimentar. Resumindo, habitualmente estão incluídas as seguintes características:
- consumo aumentado de gordura monoinsaturada (uso de azeite como ingrediente principal de cozimento e/ou consumo de outras alimentos tradicionais ricos em gorduras monoinsaturadas, como nozes);
- consumo regular e em grande quantidade de alimentos à base de plantas, incluindo frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais;
- pouco a moderado consumo de vinho tinto;
- pequeno consumo de carne e derivados e grande consumo de peixe;
- consumo moderado de leite e produtos lácteos.
Os benefícios da adesão ao padrão dietético mediterrâneo são relatados em pacientes com doença cardiovascular prévia. Do mesmo modo, pessoas saudáveis também são beneficiadas com este padrão dietético. Mas, importante reforçar, os benefícios sempre devem fazer parte de um plano de tratamento integral. Vale ressaltar também que não se trata de baixo consumo de gorduras e sim de escolher melhor as fontes de gordura da dieta e ajustar as necessidades de forma individualizada.
Procure um nutricionista para obter um planejamento alimentar individualizado.
Vamos começar com atitudes simples! Seguir um planejamento alimentar baseado no padrão Mediterrâneo pode ser fácil! Juntos, nutricionista e paciente vão definir quantidades e horários para consumir os alimentos indicados no padrão alimentar. Do mesmo modo, serão escolhidos estrategicamente alguns alimentos funcionais que se ajustem às preferências do paciente. Além disso, para que não seja algo “seguindo um papel”, o nutricionista vai realizar um ACONSELHAMENTO DIETÉTICO DETALHADO e, desta forma, o paciente passa a participar e entender todas as escolhas alimentares.
Pronto para aderir a uma dieta mais saudável para o seu coração?